sexta-feira, 28 de março de 2014

Gregory Crewdson

Com o surgimento da fotografia, muitas pessoas acreditavam e algumas ainda acreditam que ela é apenas responsável por retratar o real, o que acontece de fato com a foto jornalística. No entanto, a fotografia é capaz de refletir e recriar uma nova realidade seja a partir de diferentes ângulos, enquadramentos ou verdadeiras montagens de cenários. 
Nesse último caso se enquadra o trabalho de Gregory Crewdson. Esse artista americano estudou fotografia e completou um mestrado em artes. Sua série de fotografia é frequentemente comparada com a produção de um filme pois ele conta com uma equipe que inclui cenógrafo, produtor, diretor de elenco e muitos outros podendo chegar a 60 pessoas, ou seja, ele constrói verdadeiros sets sem ao menos dar o play na filmadora mas sim um único clique com sua máquina fotográfica. 
Muitas fotos de Crewdson tem um tom surreal e misterioso como se algo estivesse errado, causando certa agonia. Seu trabalho com a luminosidade é o principal responsável por essas sensações, seja a luz artificial ou natural. Mas o certo é que tudo que vemos é irreal, a ação dos personagens foi coreografada e cada detalhe do cenário foi pensado. 

Abaixo seguem algumas imagens com o trabalho dele: 


Retirada do site:
http://paulfoxphotography.blogspot.com.br/2012/11/gregory-crewdson-amazing-photographer.html 

Retirada do site:
 http://phlearn.com/wp-content/gallery/gregory-crewdson/gregory-crewdson-1.jpg
Já sou fã! E vocês?

quinta-feira, 27 de março de 2014

Documentário "Exit Through The Gift Shop"

1 hora e 26 minutos do seu dia muito bem gastos, com certeza! 


Sinopse: Documentário assinado pelo mítico artista de rua Banksy, que traça a história de um movimento, a Street Culture. O documentário segue vários artistas, alguns dos quais considerados hoje estrelas, entre os quais o próprio Banksy que apesar do anonimato é um dos mais famosos artistas britânicos, ao mesmo tempo que perspectiva o valor da arte e o que é ou não considerado autêntico hoje em dia.



Assisti esse documentário na faculdade durante uma aula de História da Arte e sai muito apaixonada, querendo pesquisar mais e mais sobre o assunto. 
Agora, compartilho com vocês! 

E para os ainda não convencidos de que ele é mesmo muito bom, o "Exit Through The Gift Shop" foi indicado ao Oscar de melhor documentário em 2011.


Arte de rua ao redor do mundo

O livro Arte de rua ao redor do mundo de Garry Hunter (fotógrafo profissional e curador independente) lançado em 2013 apresenta imagens pelas ruas do mundo inteiro e textos bastante compreensíveis, até para os não sabidos sobre o universo da arte urbana.
Comprei ele em uma livraria no Catete. Estava andando na rua, vi a capa do livro pela vitrine e me apaixonei. Dei uma lida e curti de cara. 
Dica de compra!
O livro é divido nas quatro possibilidades de material para o artista de rua: stencil, pôster, pintura e 3D, miniaturas e outras mídias. E assim ele destaca os artistas de cada um desses, dando o devido destaque aos grandes nomes do grafite. 
BLEK LE RAT

C215




JR
INVADER


OS GÊMEOS

BANKSY
A arte urbana é um dos assuntos que mais me interessam dentro desse mundo de possibilidades que existe na arte. O colorido, a urgência do artista e os temas são meus elementos favoritos. Destaca-se na maioria dos trabalhos o pedido de uma mudança social que deixa claro uma raiva da situação mas também uma esperança.
Nós estamos em contato a esse tipo de manifestação artística a todo momento e eu sinceramente não me canso de apreciar a vista quando me deparo com uma parede inteira cheia de desenhos. Acho que de certa forma eles surgem como uma inspiração pro meu dia, um colorido especial e um questionamento do próprio pensamento. 

A necessidade de falar, o descarrego, a visibilidade que a rua promove... São infinitas as explicações para estimular um jovem a querer participar dessas intervenções urbanas, eu mesma já me aventurei.(existem cursos sobre!)

No primeiro período da faculdade tinha uma matéria chamada Arte e Materialidade, na qual trabalhávamos os diferentes tipos de materiais que abrangem o campo da arte. Em uma dessas aulas, o tema era intervenção urbana e o nosso "dever de casa" era o de experimentar o stencil, lambe-lambe (colagem de pôster com cola de farinha de trigo) ou em forma de adesivo mesmo. 
Já que a proposta era espalhar uma ideia, pensei nessa frase (retirada de uma letra de música):

Dá uma olhada nos passos que eu segui para realizar esse trabalho: 
- Criei o pôster no computador
- Produzi a cola de farinha de trigo (link que ensina como fazer)
- Fui para a rua com um rolo pequeno, impressões do pôster e a cola dentro de um pote.
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quarta-feira, 26 de março de 2014

"Deslizar numa onda ou numa pista: essa é a recompensa máxima"

Hoje o papo é sobre três das minhas maiores paixões na vida: arte, skate e surf! 
Coleção de pranchas expostas
Foto: Mariana Schumacher
A exposição Deslize que acontece no Museu de Arte do Rio (MAR) com curadoria* de Raphael Fonseca foi a minha primeira visita do ano e achei muito bacana. Está rolando desde o dia 14 de janeiro e vai até 27 de abril, então, fiquem ligados que só tem mais um mês. Inclusive, uma boa dica é a de seguir o perfil do museu pelas redes sociais assim você nunca fica por fora das novidades. E já adianto que terça-feira a entrada é gratuita, melhor ainda né?!

Deslize começou a partir da coleção de shapes de skate de Ricardo Fainziliber (1981-2009) que além de praticar o esporte, percebeu um desdobramento estético que os elementos do skate possuíam. A exposição o homenageia. 

No espaço expositivo vemos também objetos ligados à história desses esportes, obras de artistas que usam o skate e o surf como inspiração e abordam a cultura da praia e da arte urbana nos seus trabalhos, coleção de símbolos do surf como Rico de Souza, vídeo arte sobre o movimento das ondas do mar, muitas imagens de 1778 até hoje que nos fazem viajar no tempo e na evolução desses dois esportes, entre outras coisas. E o mais interessante é que saímos de lá percebendo que pranchas e shapes funcionam sim como formas escultóricas. 

Artistas e colecionadores

Alair Gomes | Alex Carvalho | Alexandre da Cunha | Alexandre Maïa | André Renaud | Angelo Venosa | Artur Kjá | Ayrson Heráclito | Beatriz Pimenta | Bete Esteves | Chico Fernandes | Chinese Cookie Poets | Claudia Hersz | Coletivo Praça XV | Crocco + Ogro | Daniela Seixas | Danielle Fonseca | Dario Escobar | Dea Lellis | Demian Jacob | Coleção Eduardo Yndyo Tassara | Eugênio Latour | Fabiano Rodrigues | Fábio Birita | Fabio Flaks | Fábio Tremonte | Gary Hill | Guga Ferraz e Marcio Arqueiro | Guilherme Peters | Guilherme Teixeira | Hannes Heinrich e Raquel Schembri | Igor Vidor | James Oatway | Jeffrey Vallance | Jonas Arrabal | Laura Andreato | Marcos Bonisson | Nelson Leirner | Nena Balthar | Olafur Eliasson | Oriana Duarte | Raphael Zarka | Coleção Ricardo Fainziliber | Coleção Rico de Souza | Russell Crotty | Sesper | Shaun Gladwell | Silvana Mello | SKATEISTAN / Rhianon Bader | Steve Miller | Tiago Carneiro da Cunha | Tito Rosemberg | Tracey Moffatt | Virgilio Lopes Neto | Wilbor | Zanini de Zanine

Além dessa exposição,  acontece hoje no MAR também Encontro de mundos, Pernambuco Experimental e imagináRio. 

Vale muito a pena conferir! 

OBS. (para a galera que ficou na dúvida): 
curadoria* = curador é o profissional capacitado responsável pela concepção, montagem e supervisão de uma exposição de arte, além de ser também o responsável pela execução e revisão do catálogo da exposição.

Vista do museu
Foto: Mariana Schumacher

Endereço do MAR: Praça Mauá, 5 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20081-240 Telefone: (21) 3031-2741

sexta-feira, 21 de março de 2014

Basta darmos o primeiro passo

Primeiramente, quero deixar claro que nunca fui o tipo de pessoa que vai à todas as exposições e que conhece de cor todos os museus e casas culturais da cidade. Na verdade, até o ensino médio, minha relação com a arte era bem restrita. Sempre houve o interesse da minha parte por ler uma reportagem no jornal falando sobre um novo artista ou quando a escola promovia alguma excursão para um passeio cultural, mas nada muito além disso.
Na verdade, o meu desejo no ano do vestibular era o de fazer o curso de Comunicação Social, assim como meu avô e minha mãe fizeram. Então, influências desde a minha infância não faltavam. Mas infelizmente (talvez hoje em dia eu não diga isso) eu não passei para nenhuma universidade pública e não tinha grana para pagar uma particular. Então, veio a surpresa. Eu tinha passado em segundo lugar para Artes Visuais na UERJ, que seria minha segunda opção de curso depois de muita pesquisa sobre o assunto.
Aceitei a oportunidade e me vi cada vez mais apaixonada pelo o que estava estudando. A cada período que passa eu vejo que essa segunda opção acabou se tornando em questão de meses a primeira decisão feliz que eu fiz na minha vida. Sempre fui uma pessoa sensível que fazia das tardes inteiras tocando violão, escrevendo músicas, desenhando ou fotografando uma forma de terapia. Nas aulas da faculdade, principalmente as práticas, como teatro e dança por exemplo, eu me vi curtindo a tal ponto como se não estivesse em uma sala de aula mas sim em um lugar totalmente confortável e livre assim como estar em casa.
A partir desse momento meu interesse aumentava cada dia mais e eu  comecei a passar horas nas livrarias na seção de história da arte e visitando exposições com muito mais frequência. Comecei inclusive a ir em lugares que eu nunca tinha conhecido. Foi tudo muito espontâneo e é por isso que eu acredito que essa mudança de planos na minha vida veio em uma boa hora. Hoje acredito que tudo acontece por uma razão e temos que confiar que estamos onde estamos por algum motivo.
Apesar de toda essa sensação de bem estar não posso fingir que não tive medo no início. Lamentei, chorei e me questionei muito para saber se era o que eu queria mesmo. Perguntas como: com o que você vai trabalhar ou quanto vai ganhar de salário, atordoaram a minha cabeça e de vez em quando elas ainda aparecem.
Então, criei esse blog para relevar minhas descobertas no mundo da arte e o que eu percebo nesses primeiros contatos. E também tentar estimular o pessoal que deseja mas se vê pressionado pela sociedade para não se entregar as suas habilidades artísticas.
Irei compartilhar minhas experiências com cada método de produção que eu aprender, todos os artistas que eu me interessar e idas a diferentes museus e eventos culturais.
Pena que essa ideia não surgiu no meu primeiro período da faculdade mas prometo fazer com que cada um de vocês, leitores, acompanhem a evolução do meu conhecimento sobre a arte. Essa arte que está ao meu redor e ao redor de todos nós, basta darmos o primeiro passo.