Primeiramente, quero deixar claro que nunca fui o tipo de pessoa que vai à todas as exposições e que conhece de cor todos os museus e casas culturais da cidade. Na verdade, até o ensino médio, minha relação com a arte era bem restrita. Sempre houve o interesse da minha parte por ler uma reportagem no jornal falando sobre um novo artista ou quando a escola promovia alguma excursão para um passeio cultural, mas nada muito além disso.
Na verdade, o meu desejo no ano do vestibular era o de fazer o curso de Comunicação Social, assim como meu avô e minha mãe fizeram. Então, influências desde a minha infância não faltavam. Mas infelizmente (talvez hoje em dia eu não diga isso) eu não passei para nenhuma universidade pública e não tinha grana para pagar uma particular. Então, veio a surpresa. Eu tinha passado em segundo lugar para Artes Visuais na UERJ, que seria minha segunda opção de curso depois de muita pesquisa sobre o assunto.
Aceitei a oportunidade e me vi cada vez mais apaixonada pelo o que estava estudando. A cada período que passa eu vejo que essa segunda opção acabou se tornando em questão de meses a primeira decisão feliz que eu fiz na minha vida. Sempre fui uma pessoa sensível que fazia das tardes inteiras tocando violão, escrevendo músicas, desenhando ou fotografando uma forma de terapia. Nas aulas da faculdade, principalmente as práticas, como teatro e dança por exemplo, eu me vi curtindo a tal ponto como se não estivesse em uma sala de aula mas sim em um lugar totalmente confortável e livre assim como estar em casa.
A partir desse momento meu interesse aumentava cada dia mais e eu comecei a passar horas nas livrarias na seção de história da arte e visitando exposições com muito mais frequência. Comecei inclusive a ir em lugares que eu nunca tinha conhecido. Foi tudo muito espontâneo e é por isso que eu acredito que essa mudança de planos na minha vida veio em uma boa hora. Hoje acredito que tudo acontece por uma razão e temos que confiar que estamos onde estamos por algum motivo.
Apesar de toda essa sensação de bem estar não posso fingir que não tive medo no início. Lamentei, chorei e me questionei muito para saber se era o que eu queria mesmo. Perguntas como: com o que você vai trabalhar ou quanto vai ganhar de salário, atordoaram a minha cabeça e de vez em quando elas ainda aparecem.
Então, criei esse blog para relevar minhas descobertas no mundo da arte e o que eu percebo nesses primeiros contatos. E também tentar estimular o pessoal que deseja mas se vê pressionado pela sociedade para não se entregar as suas habilidades artísticas.
Irei compartilhar minhas experiências com cada método de produção que eu aprender, todos os artistas que eu me interessar e idas a diferentes museus e eventos culturais.
Pena que essa ideia não surgiu no meu primeiro período da faculdade mas prometo fazer com que cada um de vocês, leitores, acompanhem a evolução do meu conhecimento sobre a arte. Essa arte que está ao meu redor e ao redor de todos nós, basta darmos o primeiro passo.
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