quinta-feira, 24 de abril de 2014

Paisagem íntima

Recentemente, durante uma aula de Estética e Teoria da Arte II, a professora falava sobre Romantismo. Ela exemplificou esse movimento artístico com uma obra de Caspar David Friedrich chamada "Monge à beira-mar".  A qual trabalha o tema da relação expressiva entre natureza e homem, que começa a aparecer no final do século XVIII na Europa.
Seguindo a explicação, a professora ainda fez uma comparação com uma obra contemporânea de Charly Nijensohn, "El naufragio de los hombres", com o propósito de mostrar a resistência desse tema.


E qual seria o nome dele?
Paisagem íntima. 

Bem, aquela aula mexeu comigo. Percebo que essas obras contém uma carga, pois são profundas, tanto visualmente como conceitualmente falando. Portanto, nada mais comum do que mexerem com o nosso interior.

Na verdade, a obra de Charly Nijensohn me lembrou  uma foto feita por mim para um trabalho no período passado. Claro que esta foi feita com um espelho, mas as fotos da série de fotografias do artista contemporâneo foram em Salar de Uyuni, Bolívia,  sobre um espelho d'água.

Refleti, refleti e acabei fazendo um humilde poema sobre:

O que seria uma paisagem íntima?
Talvez aquilo que escondemos de mais lindo
Ou aquilo que escondemos de mais sombrio 
O que sabemos é que está dentro
Dentro de todos nós
Mas fora também
Presente em atitudes e comportamentos
Temos nossas verdades, anseios, desejos e medos 
E isso tudo acaba construindo uma paisagem 
Uma paisagem que revela nossas almas 
Ou não
Podemos optar por não relevar 
Mas o legal da vida é compartilhar 

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