Com um acervo pequeno de aproximadamente 40 obras, o artista Ron Mueck expõe nove de suas esculturas hiper-realistas feitas de resina, fibra de vidro, silicone e acrílico, perfeitas e impressionantes de todos os ângulos. No entanto, apesar da precisão nos detalhes, a escala é desconcertante e causa diferentes sensações só de observarmos de perto.
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"Drift" (2009) |
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"Man in a Boat" (2002) |
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"Mask II" (2002), um autorretrato de Mueck que mostra seu rosto adormecido, uma forma incomum de se auto representar e que reforça a ideia dos sonhos como fonte de inspiração para suas obras. |
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"Youth" (2009) |
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"Couple Under a Umbrella" (2013) |
Estando dentro de uma universidade de artes eu observo que muitas pessoas influentes do mundo das artes não costumam, principalmente quando tem como referência a arte contemporânea, valorizar tanto a questão do hiper-realismo (gênero que utiliza a pintura e a escultura de forma semelhante a qualidade de uma fotografia em alta resolução) pois acreditam ser algo ultrapassado e superado. No entanto, vejo que diversos artistas desse estilo vão além da representação do real em seus trabalhos, chocando e nos fazendo refletir. Como por exemplo o próprio Ron Mueck.
Além da exposição citada, acontece no MAM: A inusitada coleção de Sylvio Perlstein, Acervo MAM: obras restauradas, 4x3: a arte do cartaz de cinema, Genealogias do contemporâneo - coleção Gilberto Chateaubriand MAM e coleção MAM. Todas fantásticas!
A observação que faço agora é sobre exatamente isso. Enquanto o andar das obras de Ron Mueck estava superlotado o resto se encontrava um tanto quanto vazio, o que eu achei estranho e desproveitoso pois ali estão obras importantes de artistas como Marcel Duchamp, Cildo Meireles, Yves Klein e Lygia Clark.
Vá, visite todas as amostras, aprecie, tire foto, tudo que tem direito.
Bom programa!
Endereço do MAM: Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo.
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