sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Rafael Sanzio

Disciplina: Pintura - Processos e Modalidades


A janela do Renascimento foi aberta, principalmente, por Rafael Sanzio.  Juntamente com Michelangelo e Leonardo da Vinci, também considerados grandes mestres do Alto Renascimento. Os três artistas inauguraram as principais características desse período: perspectiva, o contraste de luz e sombra, esfumado ao invés de traços para delinear as formas, realismo,  variação de cores frias e quentes e a presença de um ponto de fuga único.
A Alta Renascença significou a constituição dos ideias do movimento renascentista:  o humanismo, a noção de autonomia da arte, a emancipação do artista de sua condição de artesão, a busca pela fidelidade à natureza, e o conceito de gênio.  A influência classicista atinge sua perfeição nesse período e a pintura de Rafael representa claramente essa moderação, autocontrole e dignidade.
Rafael nasceu no ano de 1483 e foi um mestre da pintura e da arquitetura na escola de Florença durante o Renascimento italiano. Seu pai, Giovanni Santi, o ensinou a pintar quando ainda era criança. Depois se tornou aprendiz de Pietro Perugino, com quem aprendeu a técnica do afresco. No entanto, algo que o diferencia de seu mestre  e ao mesmo tempo o enaltece como artista é a perfeição e suavidade de suas obras.
O casamento da Virgem (1504) foi sua primeira obra mais conhecida. Um dos últimos quadros que Rafael pintou em Florença pois em 1508 é convidado pelo Papa Julio II para trabalhar em Roma. Esse quadro representa o casamento da Virgem Maria com São José e foi feita em têmpera e óleo.

Raffaello_Sposalizio.jpg


A obra retrata a entrega do anel, ou seja, o momento mais importante que sela o compromisso da união. Os convidados são divididos por gênero, isto é, as mulheres ficam ao lado de Maria e os homem ao lado de José. Além disso, a flor presente no bastão de José, representa que é ele o escolhido para ser o pai de Jesus Cristo.
A varianção de cores frias e quentes traz consigo uma simbologia própria. O azul representa a pureza e a divindade, enquanto o vermelho, o sangue de Jesus. O manto dourado de José representa sua grandeza e honra por ter sido escolhido.
O casamento da Virgem é considerado o pilar principal para explicar a perspectiva renascentista. O cenário é confundido com uma representação teatral e as proporções de espaço demostram claramente a ideia de profundidade. Nota-se ainda que Rafael tinha uma visão mais delicada e sua disposição de figuras era diferente em relação ao seu professor, Perugino.
A mudança de Rafael para Roma lhe trouxe o posto de Príncipe dos Pintores. O artista logo conquistou a fama e trabalhou principalmente na decoração dos apartamento de Júlio no Vaticano. Uma série de obras-primas, como por exemplo A Escola de Atenas (1509), pintado na Stanza della Segnatura, o tornou o artista mais procurado da cidade.
A Escola de Atenas mostra um grupo de filósofos de diferentes épocas históricas ao redor de Aristóteles e Platão, ilustrando a continuidade do pensamento platônico e também o diálogo entre empirismo e idealismo. Rafael pintou os maiores filósofos antigos como amigos que discutiam a filosofia em si. Pode-se identificar no afresco também vários sábios e seu auto-retrato: Pitágoras de Samos, Parmênides de Elea,
Zeno de Elea, Sócrates, Xenofonte, Alcibíades, Diógenes, Heráclito, Epicuro, Euclides, Ptolomeu, Zoroastro e Averroes. Rafael muito influenciado pela visão do Papa, demonstrou o poder da Igreja Romana através do humanismo e do neoplatonismo.
Nesse período o centro cultural renascentista passou de Florença para Roma pois havia a proteção do papado e o crescente número de artistas.
Após a morte de Júlio II, suas funções continuaram sob o poder do novo papa, Leão X.  Suas habilidades artísitcas não só continuaram como aumentaram, ele assumiu a criação de altares, retratos, cenários teatrais, cartões para tapeçarias e projetos arquitetônicos.  Segundo o biógrafo Giorgio Vasari, seu prestígio era tão grande que Leão X chegou a cogitar na possibilidade de fazê-lo cardeal.  Em 1514, Rafael foi nomeado como arquiteto do Vaticano e assumiu ainda mais tarefas, como por exemplo as obras na basílica de São Pedro.
Sua última obra, a Transfiguração (1517) foi encomendade pelo Cardeal Giulio de Medici e é baseada na transfiguração de Jesus, descrita no Novo Testamente da Bíblia. A obra se difere do estilo sereno e apresenta uma nova interpretação, de um mundo turbulento e dinâmico, assim como, a posterior expressão barroca.  
Rafael, como competente cidadão, adquirou diveresas funções: supervisionamento da preservação de preciosas inscrições latinas em mármore, encarregado geral de todas as antiguidades romanas, fez um exame detalhado da estrutura e dos elementos arquitetônicos do Panteão, projetou as linhas da importante Villa Madama em Roma, projeta também a Capela Chigui, Santa Maria del Popolo e as várias salas no Palazzo Pontefici, inclusive a Stanza della Segnatura.
Muito honrado por todos, Rafael morreu em Roma no dia do seu aniversário de 37 anos.




Referências:

Desenhando com terços

Márcia x - "Desenhando com terços"

http://www.marciax.art.br/img/upload/obras/tercos/img1.jpg

- Considerada uma performance/instalação
- Iniciou sua carreira nos anos 80, desde então trabalhando com performance
- Outras obras trabalhando a questão do erótico

É de 2000 a performance Desenhando com Terços, realizada pela primeira vez na Casa de Petrõpolis. Nela Márcia X, de camisola branca, usou 400 terços para realizar desenhos de pênis no chão em uma sala de cerca de 20 metros quadrados.
A artista trajando um camisolão branco usou terços de plástico cor-de-rosa-bebê para realizar desenhos de pênis  no chão.
Em 2006 foi retirada da exposição "Erótica - Os sentidos da arte" no CCBB após denúncia feita por um empresário que a interpretou como ofensa ao catolicismo. O ministro da cultura, Gilberto Gil, condenou o ato de censura. No entanto, a direção do Banco do Brasil decidiu que a obra não seguiria para Brasília por apresentar ameaças à marca e aos negócios.

QUESTIONAMENTOS:

- Estamos mesmo em um estado laico?
- Os poderes desse empresário sobrepassaram a liberdade de expressão da artista?

Despertar sensorial político (?)

Seminário sobre Arte e política

Matéria: Estética e Teoria da Arte II

Texto base: 
OITICICA, Hélio. "Esquema Geral da Nova Objetividade". Em Nova objetividade brasileira (catálogo). Rio de Janeiro: MAM, 1967.

Introdução:
Partir da ideia de Hélio Oiticica, na qual define que um despertar sensorial geraria um despertar político, isto é, criações coletivas levam o público a um posicionamento.


Durante a segunda metade da década de 60 duas possibilidades coexistiam na esfera artística brasileira: disseminação da pop e engajamento nas singularidades culturais brasileiras - desigualdade, violência, modernidade, tradição - consequências da crescente complexidade urbana do país.

Realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em abril de 1967, e organizada por um grupo de artistas e críticos de arte, a mostra 'Nova Objetividade Brasileira' reúne diferentes vertentes das vanguardas nacionais - arte concreta, neoconcretismo, nova figuração - em torno da idéia de "nova objetividade". Ou seja, uma formulação de um estado comum/típico da arte brasileira de vanguarda e não um movimento dogmático e esteticista pois possui diferentes tendências, cujas principais características são:

-> vontade construtiva geral - participam da amostra artistas recém saídos do concretismo e do neoconcretismo.
-> tendência para o objeto ao ser negado e superado a quadra de cavalete: tendência à superação dos suportes tradicionais (pintura, escultura etc.), em proveito de estruturas ambientais e objetos.
-> participação do espectador: corporal, tátil e visual.
-> tomada de posição em relação a problemas políticos, sociais e éticos.
-> tendência a uma arte coletiva, a participação do espectador em obras abertas e proposições variadas.
-> o ressurgimento do problema da antiarte


1) PINTURA TÁTIL - PEDRO GERALDO ESCOSTEGUY
http://www.pucrs.br/delfos/galeria/escosteguy/04.jpg
A primeira obra plástica propriamente dita com caráter participante no sentido político, foi a de Escosteguy em 1963, que, surpreendido por gestões políticas de vulto na época, criou uma espécie de relevo para ser apreendido menos pela visão e mais pelo tato (aliás, chamava-se Pintura Tátil, e teria sido então a primeira obra nesse sentido aqui — mensagem politico-social em que o espectador teria que usar as mãos como um cego para desvendá-la). A obra evoca acontecimentos trágicos, tanto por sua visualidade quanto pelas frases gravadas no relevo, como "Noite Violenta Esta".

"(...) a primeira obra plástica propriamente dita com caráter participante no sentido político foi a de Escosteguy em 1964, que, surpreendido por gestões políticas de vulto na época, criou uma espécie de relevo para ser apreendido menos pela visão e mais pelo tato (...) propõe-se ao objeto logo de saída, mas ao objeto semântico, onde impera a lei da palavra, palavra-chave, palavra-protesto, palavra onde o lado poético encerra sempre uma
mensagem-social" - Hélio Oiticica

2) FERREIRA GULLAR

Sem dúvida a obra e as idéias de Ferreira Gullar, no campo poético e técnico, são as que mais criaram nesse período, nesse sentido. -> a arte não deve se limitar ao objeto.
A proposição de Gullar que mais nos interessa é também a principal que a move: quer ele que não bastem à consciência do artista como homem atuante, somente o poder criador e a inteligência, mas que a mesmo seja um ser social, criador não só de obras, mas modificador também de consciências (no sentido amplo, coletivo), que colabore ele nessa revolução transformadora, longa e penosa, mas que algum dia terá atingido o seu fim — que o artista “participe” enfim da sua época, de seu povo.

3) EXEMPLOS: 

TROPICÁLIA - HÉLIO OITICICA

http://desconcordo.files.wordpress.com/2012/02/tropicc3a1lia-pn-2-e-pn3-1967-instal-univ-est-rj_foto-cc3a9sar-oiticica-filho.jpg
-> Tropicália é, até então, a síntese experimental de toda a obra inicial de Hélio Oiticica, e modelo de organização espacial que vai se estender até seus últimos trabalhos.
-> conjunto de tensões latentes que se escondia sob a ideia do paraíso tropical.
-> processo de "desintelectualização" = intensificação da experiência vivida.
-> Tropicália é então uma complexa, profunda e poética expressão da disfuncionalidade orgânica brasileira.
-> Tropicália é o Rio de Janeiro rearticulado por Hélio.

LUVA SENSORIAL - LYGIA CLARCK

http://www.panoramacritico.com/007/media/images/carlosalbertodias_1.jpg
-> O paradoxo proposto por Lygia Clarck: Bloquear a sensação do espectador para fazê-lo sentir. A alienação de cada indivíduo se constituiu como alienação de seu ‘corpo próprio’.


ARQUITETURA BIOLÓGICA - LYGIA CLARCK
http://www.panoramacritico.com/007/media/images/carlosalbertodias_4.jpg
->  Ligia Clark busca a construção do corpo coletivo e tem plena consciência política das consequências de sua obra, isto é tem plena consciência que sua obra pretende a reconstrução do espaço coletivo da sociedade esfacelada pela hiper-individualização.

4) QUESTIONAMENTOS:

Foi ingenuidade acreditar que um despertar sensorial trouxesse um despertar político? 

A arte é responsável por isso?

Uma reatividade do pensamento está ligada diretamente a uma atividade corporal? 

Ou será que apenas pela contemplação, dita como passiva, os espectadores podem se questionar sobre o campo sócio-político?

Quantos artistas hoje conseguem fazer isso?

Apresentação de dança

Apresentação de dança do meu 1º período.

"Contrart" 

https://vimeo.com/71761765

Música: 
The xx - Night time

Participantes:
- Natalia Rey
- Ian Fabris
- Mariana Schumacher

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Têmpera ovo

A têmpera ovo foi a técnica que aprendi nesse período da faculdade durante as aulas de Pintura. Apesar de ser muito trabalhosa, vale a pena porque você participa de todo o processo, da criação da tinta até o quadro finalizado.
Essa técnica foi bastante usada na arte italiana durante os séculos XIV e XV, quando ainda eram utilizados em afrescos ou em painéis de madeira com um fundo próprio para aquilo. Depois disso, a tinta óleo acabou a substituindo.

Lorenzo Monaco - Adoration of the Magi

O pigmento é misturado com um aglutinante (água e gema de ovo) e assim, você já pode aplicar a tinta. Inclusive, algo a ser ressaltado, é o baixo custo dessa técnica. Cada caixa de pó xadrez (pigmento) com 500g custa em torno de 8 reais, sendo que se você comprar apenas as cores primárias (vermelho, azul e amarelo) poderá fazer as misturas e achar as outras cores (roxo, laranja, verde etc). É importante também ter o branco e o preto pois eles são os responsáveis pela variação de tons. O branco não existe em pó xadrez e por isso você deve comprar óxido de zinco ou óxido de titânio, ambos servem.


Quanto maior a sua paleta de cores, melhor! 

A preparação do fundo em madeira é feita com 30 ml de cola cascorez, 70 ml de água e gesso cré (a quantidade deve ser manuseada pela pessoa, quando estiver na grossura próxima de um leite condensado você pode parar de mexer). Deve-se aplicar 4 mãos dessa base na madeira, duas horizontais e duas verticais, aguardando a secagem entre cada uma. Após isso, é necessário lixar bem essa superfície, até que ela fique lisa, e passar um pano úmido para que os resíduos saiam. Ainda, antes de começar a sua pintura, é necessário passar uma mão de tinta branca.
















É possível que você bagunce a casa inteira, suje tudo e tenha o maior trabalho para limpar depois, assim como eu tive, mas no final vale a pena.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

"Você conhece Hélio Oiticica?"

Aqui, no Rio de Janeiro, há algum tempo começaram a espalhar um lambe-lambe nos muros da cidade que contém a pergunta: "Você conhece Hélio Oiticica?"
E aí? Você conhece?

Bom, eu o conheci mais à fundo quando entrei na faculdade. Antes já tinha ouvido falar mas não conseguia relacionar a pessoa à obra. Então, para não haver mais dúvidas, quero contar um pouco da importância que esse artista teve na arte brasileira.
Hélio Oiticica (1937-1980) é considerado como um dos artistas mais revolucionários que existiram e um dos responsáveis pela transição da arte moderna para a arte contemporânea, sendo assim, conhecido internacionalmente.


Em 1955 adere ao Concretismo e posteriormente ao Grupo Neoconcreto, com obras que muitas vezes superam o quadro.
Relevos Espaciais
Tocado pelas vanguardas artísticas e políticas, o artista inovou ao criar obras de caráter experimental, na qual o espectador passava de mero observador à participante, ou seja, o fenômeno artístico dependia da relação entre objeto e operante.
Exemplos disso são os "Parangolés" e os "Penetráveis", por exemplo o de nome Tropicália que inclusive ajudou a consolidar o movimento tropicalista na música brasileira.
Parangolé
Tropicália
O artista visual ainda desenvolve o conceito de "supra sensorial
(autoconhecimento do indivíduo em experiências graças a entrega de suas capacidades de percepção e sensação), vai contra a arte elitista e conformista, apoia a arte em lugares públicos, "onde proposições abertas devem ocorrer" e a criação de Núcleos e Bólides, Crelazer, Éden, Cosmococas, Newyorkaises e do conceito Seja Marginal, seja Herói.

Para os ainda interessados, Hélio Oiticica é tema de um documentário lançado por seu sobrinho, César Oiticica Filho, que busca apresentar o artista a todos nós, refazendo a trajetória de 30 anos de atuação de seu tio. O filme começou a ser pensado há dez anos e reúne gravações feitas pelo próprio Hélio.
filme "Hélio Oiticica" produzido em 2012, ganhou o Prêmio Caligari no Festival de Berlim no ano passado.
Existe, também, o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, com galerias para exposições que recebem mostras de artistas nacionais e estrangeiros. Além de abrigar, preservar e divulgar a obra do artista plástico. O endereço fica na Rua Luís de Camões, 68, Centro, Rio de Janeiro.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Toda arte é política?

Diante de toda essa efervescência política, cultural e econômica que acontece não só no Rio como no Brasil e acredito que no mundo inteiro, reflito tanto em sala de aula com os professores como sozinha, sobre os efeitos disso tudo em nossas vidas.
A opinião de quase todos que converso é a de que a vida está difícil de se viver. Cansativa para qualquer um e que não anda trazendo muitos benefícios. Notam-se longas jornadas de trabalho e um baixo salário que não dão conta do padrão de preços que estão nos supermercados, nas lojas de roupas etc.
A passagem da vida infantil para a vida adulta definitivamente não é fácil e estou sentindo na pele essas primeiras responsabilidades que a vida real e dura traz consigo. Ando reparando muito mais na vida do trabalhador brasileiro, nas condições miseráveis de transporte, saúde, na agonia da volta pra casa, na violência que nos cerca e isso me revolta.
A partir dessa realidade, questiona-se bastante se a arte feita hoje em dia não acaba sendo quase sempre política, pois os tempos atuais pedem um ativismo e vejo a arte como uma escapatória (no sentido de buscar uma solução) mas ao mesmo tempo como um enfrentamento a essas questões.
Durante uma leitura da revista select me deparei com a pergunta: "toda arte é política?" e todos esses pensamentos, já citados, vieram ainda mais à tona. A partir disso, selecionei as frases que mais me identifiquei na matéria de artistas que responderam à essa pergunta. E, assim, sigo buscando até encontrar a minha opinião.

Marco Giannotti (artista e professor da usp)
"Toda arte é política, é constitutiva de toda cidade (pólis), assim como a política pode ser uma arte. Mas, infelizmente, nem sempre a política faz bons artistas e a arte, bons políticos."

Lourival Cuquinha (artista)
"Toda arte é vontade de potência de uma ideia e, na medida em que dialoga com outras ideias, se politifica. Acho que, quanto mais se relacionar, mais arte e mais política é. Ela existe quando existe alguém discutindo-a, mesmo que internamente, diante dela. A vontade de todo "objeto" artístico é política, pois requer espaço nas ideias."

Rodrigo Braga (artista)
"Entendo que arte por si só lida com valores - dos mais subjetivos aos cuidadosamente construídos - e que isso já agregaria a ela um potencial político, transformador etc. Contudo, eu não generalizaria em dizer que 'toda arte é política'. Algumas formas de arte não conseguem sair dos valores e sentidos criados apenas no campo restrito da própria arte, não gerando poder discursivo maior, que possa vir a reverberar nos códigos sociopolíticos ou mesmo na formulação de novos pensamentos para além do pequeno universo da arte."



Ainda gostaria de compartilhar um dos trabalhos do artista contemporâneo Jonathas de Andrade que contém um viés político, afim de exemplificar tudo que foi dito.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Evandro Teixeira

"Sou um homem manejando uma câmera. Quando bem operada, é um fósforo aceso na escuridão. Ilumina fatos nem sempre compreensíveis. Oferece lampejos, revela dores do impasse do mundo. E desperta nos homens o desejo de destruir esse impasse."
(Evandro Teixeira) 






Hoje, o post fala sobre um dos principais fotojornalistas do mundo que se destaca nas fotos de personalidades e momentos históricos do Brasil.
Evandro Teixeira trabalhou em alguns jornais do país, mas também já expôs seus trabalhos em mostras individuais e coletivas. Destacou-se, principalmente, com sua presença na mostra dos 40 mais importantes fotógrafos do mundo em Nova Iorque. Ao lado de Sebastião Salgado, Henri Cartier Bresson, Robert Capa e Marc Ribaud, grandes nomes da fotografia.
Ao meu ver, ele rompe o limite entre artista e fotojornalista. Seu olhar e consequentemente seus trabalhos são precisos pois captam o momento certo, aquele que diz tudo e fala por si só. Algo que também faz a diferença é a presença do efeito preto e branco em muitas de suas fotos. Isso acaba dando uma maior dramaticidade e um impacto maior ao que está sendo retrato na fotografia.
Valorizo muito aqueles que sabem fotografar pessoas em situações de tensão, algo que aconteceu bastante durante a ditadura, pois é necessária uma habilidade de transformar em poesia um momento conflituoso.
Muitas pessoas já fizeram depoimentos sobre Evandro Teixeira, incluindo Carlos Drummond de Andrade e Chico Buarque, que disse o seguinte: "Qualquer matéria, mesmo quando têm outros fotógrafos, ele sempre se destaca."
Uma coisa é fato! Para exercer a profissão de fotógrafo é necessária a sensibilidade, o olhar sensível diante da vida.

Achei também esse vídeo sobre ele que resume bem seus principais trabalhos juntamente com um discurso bonito e coerente:

"Homenagem a Evandro Teixeira"

    "OLHAR – Uma reunião dos mais      marcantes trabalhos do fotógrafo    Evandro Teixeira que contam  passagens importantes da história  recente do Brasil, suas belezas e  contrastes. Uma homenagem ao olhar  profundo desse fotógrafo na alma de  um país e dos seus tantos famosos e  anônimos personagens."









Finalizo esse post acrescentando que o mês de Maio trará uma exposição de fotografias no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo para quem se interessa pela "arte mais popular e democrática da atualidade", segundo o jornal O Globo dessa quinta-feira. 
A exposição não conta com Evandro Teixeira mas sim com outros seis artistas, entre eles, Josef Koudelka, Valdir Cruz (brasileiro) e Gregory Crewdson (citado por mim anteriormente aqui)
Então, para você que mora em São Paulo ou irá visitar a cidade por agora aproveite para ir nesse evento! 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Andar na chuva sem se molhar?

Como continuação do post anterior, já que ambos tratam da chamada paisagem íntima, gostaria de compartilhar com vocês o vídeo da obra "Rain Room". Ela foi criada pela England’s Random International e utiliza câmeras 3D como sensores para sentir a presença da pessoa que passa pelo quarto. Quando alguém passa, os sensores acima acompanham o movimento e as válvulas são ligadas e desligadas de acordo.
Além do próprio espetáculo, a instalação definitivamente não seria a mesma sem a luz,  o som e cheiro. Isso eu já aprendi, nada em uma obra de arte está ali por acaso.
Esse vídeo foi feito durante a permanência dessa instalação no MoMA (Museu de Arte Moderna), um dos mais famosos museus do mundo, localizado em Nova York. Essa exposição, é claro, atraiu muitos visitantes no ano de 2013.
A grande proposta da instalação é questionar essa relação do homem e do meio ambiente e também, explorar os desafios ambientais que enfrentamos em contrapartida com os avanços tecnológicos.



"Vai ser uma espécie de transe, tudo o que não ouvi dizer é que é algo agradável"  (frase retirada do vídeo)
 
E o desejo de viver essa experiência aqui no Brasil hein?!

Paisagem íntima

Recentemente, durante uma aula de Estética e Teoria da Arte II, a professora falava sobre Romantismo. Ela exemplificou esse movimento artístico com uma obra de Caspar David Friedrich chamada "Monge à beira-mar".  A qual trabalha o tema da relação expressiva entre natureza e homem, que começa a aparecer no final do século XVIII na Europa.
Seguindo a explicação, a professora ainda fez uma comparação com uma obra contemporânea de Charly Nijensohn, "El naufragio de los hombres", com o propósito de mostrar a resistência desse tema.


E qual seria o nome dele?
Paisagem íntima. 

Bem, aquela aula mexeu comigo. Percebo que essas obras contém uma carga, pois são profundas, tanto visualmente como conceitualmente falando. Portanto, nada mais comum do que mexerem com o nosso interior.

Na verdade, a obra de Charly Nijensohn me lembrou  uma foto feita por mim para um trabalho no período passado. Claro que esta foi feita com um espelho, mas as fotos da série de fotografias do artista contemporâneo foram em Salar de Uyuni, Bolívia,  sobre um espelho d'água.

Refleti, refleti e acabei fazendo um humilde poema sobre:

O que seria uma paisagem íntima?
Talvez aquilo que escondemos de mais lindo
Ou aquilo que escondemos de mais sombrio 
O que sabemos é que está dentro
Dentro de todos nós
Mas fora também
Presente em atitudes e comportamentos
Temos nossas verdades, anseios, desejos e medos 
E isso tudo acaba construindo uma paisagem 
Uma paisagem que revela nossas almas 
Ou não
Podemos optar por não relevar 
Mas o legal da vida é compartilhar 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Programa "Arte brasileira"

O novo programa do canal GNT "Arte brasileira" me chamou a atenção logo de cara. Primeiramente, porque a arte contemporânea é, muitas vezes, uma grande interrogação na minha cabeça. Então, já que o programa retrata a vida profissional e pessoal de 8 artistas brasileiros contemporâneos, vi uma oportunidade de esclarecer ideias e conhecer melhor cada um deles. Por enquanto tenho gostado, os artistas falam bastante sobre a própria produção e isso é importante para compreendermos melhor. 
São eles: Beatriz Milhazes, Tunga, Luiz Zerbini, Jonathas de Andrade, Adriana Varejão, Ernesto Neto, Vik Muniz e Renata Lucas. Todos reconhecidos no Brasil e em diversos lugares do mundo.
"Arte Brasileira" é dirigido pelo mesmo criador de "Casa Brasileira", já exibido no GNT, Alberto Renault. 
Abaixo, tentei selecionar uma obra de cada um desses artistas: 
Tunga
Beatriz Milhazes

Jonathas de Andrade
Luiz Zerbini

Adriana Varejão
Renata Lucas
Ernesto Neto





Vik Muniz
Aquela velha história... Sempre acabamos estudando o passado e deixamos o presente para depois. Mas no caso da arte essa ordem cronológica não importa muito (postura defendida pelo Instituto de Artes da UERJ), basta sabermos colocar cada movimento artístico no seu devido lugar, conseguir compará-los e ter a consciência de que as inovações que artistas propuseram aconteceram fundamentadas em uma história. 
A produção de arte reflete o mundo em que vivemos. E se a arte contemporânea parece confusa para você, basta se perguntar se não é o mundo que está confuso de uma maneira geral. Já que somos bombardeados com informações e imagens a todo momento. 
Para saber mais sobre o programa: http://gnt.globo.com/artebrasileira/

Fica a dica! 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Visita ao MAM - Ron Mueck

A exposição mais falada do início de 2014 no Rio de Janeiro é definitivamente a de Ron Mueck com curadoria de Grazia Quaroni. O artista plástico australiano está expondo no Museu de Arte Moderna do Rio (MAM) desde o dia 20 de março até 1º de junho. Antes, a exposição passou por Paris e Buenos Aires e o sucesso tende a continuar absoluto como o tamanho da fila demonstra. 
Com um acervo pequeno de aproximadamente 40 obras, o artista Ron Mueck expõe nove de suas esculturas hiper-realistas feitas de resina, fibra de vidro, silicone e acrílico, perfeitas e impressionantes de todos os ângulos. No entanto, apesar da precisão nos detalhes, a escala é desconcertante e causa diferentes sensações só de observarmos de perto. 

"Drift" (2009)
"Man in a Boat" (2002)


"Mask II" (2002), um autorretrato de Mueck que mostra seu rosto adormecido, uma forma incomum de se auto representar e que reforça a ideia dos sonhos como fonte de inspiração para suas obras.
"Youth" (2009)




























"Couple Under a Umbrella" (2013)





























Estando dentro de uma universidade de artes eu observo que muitas pessoas influentes do mundo das artes não costumam, principalmente quando tem como referência a arte contemporânea, valorizar tanto a questão do hiper-realismo (gênero que utiliza a pintura e a escultura de forma semelhante a qualidade de uma fotografia em alta resolução) pois acreditam ser algo ultrapassado e superado. No entanto, vejo que diversos artistas desse estilo vão além da representação do real em seus trabalhos, chocando e nos fazendo refletir. Como por exemplo o próprio Ron Mueck. 
Além da exposição citada, acontece no MAM: A inusitada coleção de Sylvio Perlstein, Acervo MAM: obras restauradas, 4x3: a arte do cartaz de cinema, Genealogias do contemporâneo - coleção Gilberto Chateaubriand MAM e coleção MAM. Todas fantásticas! 
A observação que faço agora é sobre exatamente isso. Enquanto o andar das obras de Ron Mueck estava superlotado o resto se encontrava um tanto quanto vazio, o que eu achei estranho e desproveitoso pois ali estão obras importantes de artistas como Marcel Duchamp, Cildo Meireles, Yves Klein e Lygia Clark. 

Vá, visite todas as amostras, aprecie, tire foto, tudo que tem direito. 
Bom programa! 






Endereço do MAM: Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo.

Biblioteca Parque Estadual do Centro

A grande notícia do mês de março para os moradores do Rio de Janeiro é a reinauguração da Biblioteca Parque Estadual do Centro (BPE) que aconteceu no último dia 29 após quatro anos de obras. 
Além do espaço dedicado ao acervo, o local também contará com um estúdio de som e vídeo, teatro, auditório e uma área de exposição. A programação da BPE contém também shows e palestras na agenda.  
Com curadoria de Miguel Jost e consultoria de conteúdo da filha e da neta do poeta, Maria e Julia de Moraes, a mostra de reabertura se chama Vinicius de Moraes – 100 anos e terá oito instalações que contarão a história do artista.




Na verdade, a cidade é bastante carente de lugares como esse, que englobam tantas atividades. Eu, inclusive, sentia falta de lugares públicos para estudar e quando me deparei com a reportagem no jornal O Globo fiquei super feliz. Ainda não fiz minha visita mas de semana que vem com certeza não passa.
A programação da BPE contém também shows e palestras na agenda.  
Confira abaixo: 

Teatro

02/04: Show com Adriana Calcanhoto
16/04: Leitura da peça Orfeu com Nós do Morro
23/04: Show com Miúcha 
30/04: Show com Toquinho
21/05: Show com Mariana de Moraes
04/06: Show com Paula Morelenbaun
11/06: Show com Edu Lobo

Auditório 

09/04: "Uma conversa sobre Orfeu da Conceição", mesa com Haroldo Costa e João Máximo
07/05: Palestra "A produção literária de Vinicius de Moraes e sua relação com o mercado editorial", mesa com Eucanaã Ferraz e Luiz Schwarcz
14/05:  Palestra "O Rio dos anos 50 e o surgimento da Bossa Nova", com Ruy Castro
28/05: "A obra poética de Vinicius de Moraes", mesa com Antônio Cicero e Paulo Henriques Britto


  • Biblioteca verde

No espaço a geração de energia será feita com o uso de fontes renováveis e a partir do reaproveitamento de água da chuva. O que a torna ainda mais legal!

Endereço: Avenida Presidente Vargas, 126, Centro, Rio de Janeiro

sexta-feira, 28 de março de 2014

Gregory Crewdson

Com o surgimento da fotografia, muitas pessoas acreditavam e algumas ainda acreditam que ela é apenas responsável por retratar o real, o que acontece de fato com a foto jornalística. No entanto, a fotografia é capaz de refletir e recriar uma nova realidade seja a partir de diferentes ângulos, enquadramentos ou verdadeiras montagens de cenários. 
Nesse último caso se enquadra o trabalho de Gregory Crewdson. Esse artista americano estudou fotografia e completou um mestrado em artes. Sua série de fotografia é frequentemente comparada com a produção de um filme pois ele conta com uma equipe que inclui cenógrafo, produtor, diretor de elenco e muitos outros podendo chegar a 60 pessoas, ou seja, ele constrói verdadeiros sets sem ao menos dar o play na filmadora mas sim um único clique com sua máquina fotográfica. 
Muitas fotos de Crewdson tem um tom surreal e misterioso como se algo estivesse errado, causando certa agonia. Seu trabalho com a luminosidade é o principal responsável por essas sensações, seja a luz artificial ou natural. Mas o certo é que tudo que vemos é irreal, a ação dos personagens foi coreografada e cada detalhe do cenário foi pensado. 

Abaixo seguem algumas imagens com o trabalho dele: 


Retirada do site:
http://paulfoxphotography.blogspot.com.br/2012/11/gregory-crewdson-amazing-photographer.html 

Retirada do site:
 http://phlearn.com/wp-content/gallery/gregory-crewdson/gregory-crewdson-1.jpg
Já sou fã! E vocês?

quinta-feira, 27 de março de 2014

Documentário "Exit Through The Gift Shop"

1 hora e 26 minutos do seu dia muito bem gastos, com certeza! 


Sinopse: Documentário assinado pelo mítico artista de rua Banksy, que traça a história de um movimento, a Street Culture. O documentário segue vários artistas, alguns dos quais considerados hoje estrelas, entre os quais o próprio Banksy que apesar do anonimato é um dos mais famosos artistas britânicos, ao mesmo tempo que perspectiva o valor da arte e o que é ou não considerado autêntico hoje em dia.



Assisti esse documentário na faculdade durante uma aula de História da Arte e sai muito apaixonada, querendo pesquisar mais e mais sobre o assunto. 
Agora, compartilho com vocês! 

E para os ainda não convencidos de que ele é mesmo muito bom, o "Exit Through The Gift Shop" foi indicado ao Oscar de melhor documentário em 2011.


Arte de rua ao redor do mundo

O livro Arte de rua ao redor do mundo de Garry Hunter (fotógrafo profissional e curador independente) lançado em 2013 apresenta imagens pelas ruas do mundo inteiro e textos bastante compreensíveis, até para os não sabidos sobre o universo da arte urbana.
Comprei ele em uma livraria no Catete. Estava andando na rua, vi a capa do livro pela vitrine e me apaixonei. Dei uma lida e curti de cara. 
Dica de compra!
O livro é divido nas quatro possibilidades de material para o artista de rua: stencil, pôster, pintura e 3D, miniaturas e outras mídias. E assim ele destaca os artistas de cada um desses, dando o devido destaque aos grandes nomes do grafite. 
BLEK LE RAT

C215




JR
INVADER


OS GÊMEOS

BANKSY
A arte urbana é um dos assuntos que mais me interessam dentro desse mundo de possibilidades que existe na arte. O colorido, a urgência do artista e os temas são meus elementos favoritos. Destaca-se na maioria dos trabalhos o pedido de uma mudança social que deixa claro uma raiva da situação mas também uma esperança.
Nós estamos em contato a esse tipo de manifestação artística a todo momento e eu sinceramente não me canso de apreciar a vista quando me deparo com uma parede inteira cheia de desenhos. Acho que de certa forma eles surgem como uma inspiração pro meu dia, um colorido especial e um questionamento do próprio pensamento. 

A necessidade de falar, o descarrego, a visibilidade que a rua promove... São infinitas as explicações para estimular um jovem a querer participar dessas intervenções urbanas, eu mesma já me aventurei.(existem cursos sobre!)

No primeiro período da faculdade tinha uma matéria chamada Arte e Materialidade, na qual trabalhávamos os diferentes tipos de materiais que abrangem o campo da arte. Em uma dessas aulas, o tema era intervenção urbana e o nosso "dever de casa" era o de experimentar o stencil, lambe-lambe (colagem de pôster com cola de farinha de trigo) ou em forma de adesivo mesmo. 
Já que a proposta era espalhar uma ideia, pensei nessa frase (retirada de uma letra de música):

Dá uma olhada nos passos que eu segui para realizar esse trabalho: 
- Criei o pôster no computador
- Produzi a cola de farinha de trigo (link que ensina como fazer)
- Fui para a rua com um rolo pequeno, impressões do pôster e a cola dentro de um pote.
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quarta-feira, 26 de março de 2014

"Deslizar numa onda ou numa pista: essa é a recompensa máxima"

Hoje o papo é sobre três das minhas maiores paixões na vida: arte, skate e surf! 
Coleção de pranchas expostas
Foto: Mariana Schumacher
A exposição Deslize que acontece no Museu de Arte do Rio (MAR) com curadoria* de Raphael Fonseca foi a minha primeira visita do ano e achei muito bacana. Está rolando desde o dia 14 de janeiro e vai até 27 de abril, então, fiquem ligados que só tem mais um mês. Inclusive, uma boa dica é a de seguir o perfil do museu pelas redes sociais assim você nunca fica por fora das novidades. E já adianto que terça-feira a entrada é gratuita, melhor ainda né?!

Deslize começou a partir da coleção de shapes de skate de Ricardo Fainziliber (1981-2009) que além de praticar o esporte, percebeu um desdobramento estético que os elementos do skate possuíam. A exposição o homenageia. 

No espaço expositivo vemos também objetos ligados à história desses esportes, obras de artistas que usam o skate e o surf como inspiração e abordam a cultura da praia e da arte urbana nos seus trabalhos, coleção de símbolos do surf como Rico de Souza, vídeo arte sobre o movimento das ondas do mar, muitas imagens de 1778 até hoje que nos fazem viajar no tempo e na evolução desses dois esportes, entre outras coisas. E o mais interessante é que saímos de lá percebendo que pranchas e shapes funcionam sim como formas escultóricas. 

Artistas e colecionadores

Alair Gomes | Alex Carvalho | Alexandre da Cunha | Alexandre Maïa | André Renaud | Angelo Venosa | Artur Kjá | Ayrson Heráclito | Beatriz Pimenta | Bete Esteves | Chico Fernandes | Chinese Cookie Poets | Claudia Hersz | Coletivo Praça XV | Crocco + Ogro | Daniela Seixas | Danielle Fonseca | Dario Escobar | Dea Lellis | Demian Jacob | Coleção Eduardo Yndyo Tassara | Eugênio Latour | Fabiano Rodrigues | Fábio Birita | Fabio Flaks | Fábio Tremonte | Gary Hill | Guga Ferraz e Marcio Arqueiro | Guilherme Peters | Guilherme Teixeira | Hannes Heinrich e Raquel Schembri | Igor Vidor | James Oatway | Jeffrey Vallance | Jonas Arrabal | Laura Andreato | Marcos Bonisson | Nelson Leirner | Nena Balthar | Olafur Eliasson | Oriana Duarte | Raphael Zarka | Coleção Ricardo Fainziliber | Coleção Rico de Souza | Russell Crotty | Sesper | Shaun Gladwell | Silvana Mello | SKATEISTAN / Rhianon Bader | Steve Miller | Tiago Carneiro da Cunha | Tito Rosemberg | Tracey Moffatt | Virgilio Lopes Neto | Wilbor | Zanini de Zanine

Além dessa exposição,  acontece hoje no MAR também Encontro de mundos, Pernambuco Experimental e imagináRio. 

Vale muito a pena conferir! 

OBS. (para a galera que ficou na dúvida): 
curadoria* = curador é o profissional capacitado responsável pela concepção, montagem e supervisão de uma exposição de arte, além de ser também o responsável pela execução e revisão do catálogo da exposição.

Vista do museu
Foto: Mariana Schumacher

Endereço do MAR: Praça Mauá, 5 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20081-240 Telefone: (21) 3031-2741